terça-feira, 20 de setembro de 2011

Site do Estadão assassina o vernáculo

Assaltaram a gramática: "Acidente e tiroteio matam 1 morto e ferem 5"
O O Estado de S. Paulo é um jornal brasileiro. O Estadão foi fundado, com base nos ideais de um grupo de republicanos, em 4 de janeiro de 1875. Nessa época, o jornal se chamava A Província de São Paulo e foi o pioneiro em venda avulsa no país, sendo ridicularizado pela concorrência (Correio Paulistano, O Ipiranga e Diário de S. Paulo).

A venda avulsa foi impulsionada pelo imigrante francês Bernard Gregoire, que saía às ruas montado num cavalo e tocando uma corneta para chamar a atenção do público — e que, décadas depois, viraria o próprio símbolo do jornal — aumentou a tiragem. Ao lado da Folha de S. Paulo, de O Globo e do Correio Braziliense, o Estadão é um dos jornais mais influentes.

Mesmo assim, o Estadão não está livre dos erros que todos nós mortais cometemos. Vejam só como foi grafado um dos destaques da sua edição online de ontem (19), em matéria postada às 7h05min: “Acidente e tiroteio matam 1 morto e ferem 5”.

Afinal, é possível matar um morto? Não, não há como matar o que já está morto.

Claro que o jornalista do Estadão sabe escrever corretamente, pois caso contrário não estaria lá, num dos principais jornais do País. O problema foi a desatenção na hora de levar a notícia em primeira mão. Ainda bem que ninguém é processado por praticar erros graves de português num texto jornalístico, visto que, assassinar o vernáculo, infelizmente, não é crime.

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