sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Historiador Edilson Nogueira faz divulgação do livro "Mocambo - Berço dos Nobres"

Em seu trabalho de divulgação, Edilson Nogueira visita a
Unidade Escolar Prof. Lourenço Filho, em Santa Filomena

A divulgação de uma obra literária é tema de crescente importância, não apenas para autores independentes, mas para todo e qualquer escritor da atualidade. O melhor livro do mundo não venderá nada se as pessoas não souberem que ele existe. Para isso, é necessário um árduo trabalho de repercussão, a fim de que o torne público e notório.

É com esse marketing literário que o advogado, professor universitário, poeta e romancista Edilson de Araújo Nogueira, nascido em Corrente (PI), aos 27 dias de abril de 1960, vem fazendo em todo o Piauí e nos estados vizinhos, através de entrevistas nas emissoras de Rádio e TV ou por meio de palestras nas Escolas.

Ontem, quinta-feira (15), Edilson Nogueira esteve em Santa Filomena (PI) e em Alto Parnaíba (MA), divulgando seu quinto livro, intitulado “MOCAMBO – BERÇO DOS NOBRES”, o qual contém 44 páginas de leitura fácil e fluente, impresso pela Editora Nova Expansão.

Capa do livro "MOCAMBO, BERÇO DOS NOBRES"
Em entrevista à Rádio Comunitária Rio Taquara FM, o historiador Edilson Nogueira afirmou que a colonização do Piauí começou a partir da Fazenda Mocambo, em Parnaguá. “Em todo o processo de colonização, dá-se que o fato veio do litoral para o interior. Mas no caso vertente da colonização do Piauí, deu-se do interior para o litoral, partindo da Fazenda Mocambo, onde foi concedida a Carta de Sesmaria a José da Cunha Lustosa, em 1747”, disse o especialista em história.

Conforme Edilson de Araújo Nogueira, quando José Lustoza da Cunha foi agraciado com essa Sesmaria, ele mandou construir uma capela em devoção a Nossa Senhora do Rosário que, segundo relatos, teria permanecido até 1919.

“Em uma conversa de botequim, num boteco da cidade de Corrente, encontrei Dona Rita, uma senhora descendente direta de escravos. Ela comentou a existência dessa antiga capela, onde eram sepultados os brancos da época. Disse que lá havia duas festas: a dos brancos e a dos negros. Isso mostrava uma divisão de classes, na qual o negro não comia e nem vestia, mas apenas era obrigado a servir e ser servido pela exploração sexual dos brancos”, completou Nogueira ao microfone da Taquara FM, de Santa Filomena.

E acrescentou, enfático: “Naquele tempo, os brancos tinham a missa de manhã e os negros à tarde; e que os negros só podiam entrar até na metade da Igreja, para não pisarem nas lápides, que eram brancas e tinham inscrições em latim”.

Historiador Edilson Nogueira fala aos ouvintes da Rádio Rio
Taquara FM sobre a obra "MOCAMBO, BERÇO DOS NOBRES"
A capa da obra de Edilson Nogueira reproduz o desenho estilizado da lápide e do túmulo da Baronesa de Parahim, Ignácia da Conceição Nogueira, além de foto do piso em ladrilho da antiga Capela de N. S. do Rosário, na Fazenda Mocambo, no município de Parnaguá (PI).

O livro retrata a parte esquecida da História do Piauí e destaca a inegável importância de Parnaguá no contexto político e histórico, sendo, portanto, o primeiro núcleo de tantos nobres no período Imperial. E, conforme o autor, o papel dos três nobres – Barão de Parahim, Barão de Santa Filomena e Marquês de Paranaguá – teria sido fundamental na longa e sangrenta Guerra do Paraguai e, por conseguinte, na luta pela Independência do Brasil.

É nesse sentido que o correntino Edilson de Araújo Nogueira tenta, em “MOCAMBO – BERÇO DOS NOBRES”, reconstruir a memória histórica dos descendentes da Sesmaria do Mocambo, hoje denominada Fazenda Brejo do Mocambo, na zona rural de Parnaguá, de propriedade do pecuarista Bismark Lustosa Nogueira.

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